segunda-feira, 29 de março de 2010

RIO CARNAVAL 2010 lol

RIO CARNAVAL 2010

SIIIIM! Rio de Janeiro no carnaval de 2010. Uma coletânea de historias cômicas, bizarras, histórias de espionagem, histórias de amor, traição e risos! Sim, parece um gibi do capitão cueca mas ainda temos mais para dar a este humilde texto seu toque de pessoalidade. Obviamente este mais ou eu e minha capacidade absurda de criar o complexo do simples e empacar no simples em busca do mais simples ainda.

Não perdendo tempo vamos ao primeiro ato desta adorável paródia. Linha vermelha, uma bela igreja ao longe e... e... não acredito! O instituto Osvaldo Cruz com sua arquitetura mourisca até onde meus olhos com 5 graus de miopia me deixavam ver. Uma discussão rápida no carro de como as garotas não iriam ter feito nada caso chegassem primeiro e finalmente a chegada. Infelizmente o rio me fez engolir praticamente tudo que eu disse sobre ele. Isso só piora na minha primeira ida à praia O segundo ato poderia estar no primeiro mas deixemos aquele como minha impressão da cidade. Vamos ao que interessa. Vale lembrar que durante este texto vou buscar ignorar quem possa ler, são registros muito importantes para passarem por censura. Mas ok, vamos. Primeira noite, Amigos se servem de da cachaça da anfitriã em copos minúsculos. Tento participar mais 2 copinhos me bastam. Decidem então jogar "Eu nunca". Caipirinhas, cervejas, vodkas puras, tudo em cima da mesa para se misturar ao dos copinhos que já me subiam.

O debate avançava, alvos definidos, vitimas indefesas tendo de beber em face a sua impotência quanto à realidade do fato que só eles presenciaram.Em algum ponto que me perdi a conversa partiu para os problemas de minha vitima preferida. Apesar de ser contra a posição dela eu tive de admitir que os argumentos dela pareciam extremamente validos e que a discussão não estava levando a nada de bom, me posicionei contra aquilo mas o lado neutro na polemica, convenhamos, que tipo de idiota fica neutro numa polemica animada? A coisa esfria e fica mais leve até que o alvo do debate anterior reclama de algo mas eu a contrario com o elogio mais simplista deste mundo, coisa que você diria para a sua avó sem remorso (pelo menos pelo que me lembro, vai que fui mais barroco do que pareceu), ainda assim, para todos os efeitos, se impressionaram com meu comentário e acharam que seria extremamente conveniente para a situação que aquilo terminasse com um selinho. Face à resistência titânica de 2 segundos de ambas as partes os ânimos etílicos explodem em aprovação a uma idéia inusitada "Vamos todos dar um selinho no coelho!".

Cabe aqui um parágrafo novo para explicar. Convenhamos, haviam 4 garotas muito bonitas na sala, minha rival de 6 anos (retificando: 5 anos e meio) e 3 caras (um deles dormindo já)... Porra! Para todos os efeitos eu tava numa super vantagem só com as 3, mais um mega bônus e a oportunidade de depois ter uma historia cômica para lembrar. Representei meu papel de tradicionalista e durante boa parte do tempo fiquei encarando a anfitriã e idealizadora de meu "martírio" até que finalmente chega a ultima e .... fim .

Apos isto, já com todos bêbados saímos para comprar chocolate, 3 de nós de pijamas (eu, a chata e a amiga da anfitriã). Discuto com minha querida amiga irritante sobre deus e o mundo... até começamos a dançar um rockabilly uma hora mas algum maldito que não me lembro conseguiu interromper. Bom, voltamos a casa, ela comentando do aparentemente infeliz trabalho que ia ter de fazer para a própria mãe, medições e etc. Eu, no meu tradicional estado bêbado lúcido, mandei que agente andasse mais rápido pois tínhamos ficado para traz e isso pareceria suspeito, ainda mais depois de tudo que diziam pela frente (uma anta, concordem por favor!).

Chegamos, ela se deita numa cama que havia na sala e eu me sento na ponta voltado ao grupo que conversava na sala. Ela sai para o banheiro e cansado me deito.

- Sai dai Coelho! Eu estava ai Coelho!

- Mughmurghharghhunf!

E ela se deita do outro lado e capota. E assim dormi com uma garota pela primeira vez (hahahahahahahahahaha... sem graça)

No dia seguinte ela me pergunta o que houve. Eu conto e pareceu alegre em saber que ela lembrava certinho do que eu falei (será que falei a verdade... hehehe... tá, falei mesmo... pena não é mesmo?) apesar de ela saber que nada aconteceu, mas garantir não dói

uff... poxa, só o primeiro ato. Como estou escrevendo isso no bloco de notas devido a falta de internet por aqui vou continuar depois... bybyboysandgirls

Aqui estou eu de novo. Demorei mas vamos lá. Uma nota sobre o dia anterior. Naquele dia fui para a praia também, nada de incrível alem da percepção de uma paisagem maravilhosa e de uma noite linda.

Bargh.. o tempo e a FAU me embaralham a memória já... mas tentaremos alguns pontos principais.

Certo adorável dia decidimos alegremente sair para um bloco de carnaval. Deveria ser no segundo ou terceiro dia. Saímos para a rua. Uma rápida desordem para sair de casa (tradição maravilhosa que seria religiosamente seguida por nós nos dias que se seguiriam) foi acompanhada posteriormente por uma desordem igualmente rápida para nos encontrarmos na praça e, após uma desordem rápida para escolher, sentar e almoçar nos tivemos a agradável surpresa que o bloco que buscávamos já estava embrenhado nas ruas de Ipanema. Dado o congestionamento de pessoas 500 metros é uma distancia razoável e se você percorrer isso em uma hora eu devo dizer que você matou muitas velhinhas e criancinhas no caminho para conseguir. Ainda assim andamos, andamos e... cadê? Para nossa surpresa um companheiro de esquadrão se perde.

Adotando o ideal dos filmes americanos "No one is left behind" começamos uma tarefa hercúlea para buscá-lo. Um uma hora todos estavam de saco cheio e foram para a praia. Posteriormente descobrimos que ele desistiu 5 segundos depois de se perder e foi andar de bicicleta por 2 horas.

Segundo os pais de nossa anfitriã a praia é conhecida nesta época pelo seu publico... gay, não existem eufemismos bacanas para isso então deixa assim. Eu achei engraçado pois não vi anda e de fato não cheguei a ver nada. Claro, o fato de eu anda ver não quer dizer que nada houve.posteriormente ouço comentários de que eu não havia visto isso e reitero a afirmação que foi feita. Convenhamos, qualquer um numa praia lotada, com 5 graus de miopia e precisando encontrar o óculos que esta com seus amigos no meio da multidão irá se concentrar muito mais numa referencia compreensível e clara (como eram os prédios da orla) do que em referencias mutáveis como os caras se pegando na praia (se é que existia mesmo, afinal não usei banhistas como localização). Embora pensando assim realmente não lembro de ver muitos biquínis sexys aquele dia.

Bom, para a parte cômica do dia. Ipanema é uma praia de aterro (segundo aquele que ficou para traz e eu acredito) e os tombos e ondas fortes são extremamente comuns. De fato eu me divertindo alegremente nas ondas de Ipanema até que... Leviatã, Kraken, nenhum monstro marinho poderia encarnar a parede de água que se aproximava, mais alta do que eu seria capaz de conceber. Nadei, corri, fiz o possível e o impossível mas a força arrebatadora de uma muralha d'água era demais para um pobre aspirante a arquiteto descoordenado. Fui derrubado, arrastado e finalmente minha cabeça acerta algo com muita força. Naquele momento fui capaz de me levantar e só consigo ver um cara enorme se erguendo da água.Desculpo-me e ele entende. Quando em aproximo de meus amigos uma reação de espanto toma conta de uma parte deles. Aparentemente havia um corte em meu rosto que estava sangrando muito mas eu nada sentia (algo impressionante considerando que estávamos em água salgada). Ainda assim nada de grave, apesar de eu ainda possuir uma cicatriz abaixo do olho esquerdo.

Saímos, fomos embora. Alguns foram atrás do bloco, outros direto para casa e eu e umas garotas para o que restava de uma feirinha. Caminhamos por lá. Elas se impressionam com o fato de eu saber onde estava a barraca-objetivo que deixamos passar para ver o resto e depois de muuuuuuito tempo vamos a pé para casa e topamos com o grupo que iria para casa esperando um taxi por motivos X. Nenhum taxi parava mas após um tempo eles conseguem uma carona. As garotas entram e eu e o outro cara vamos para a casa a pé, de sandália. Alternando corrida com caminhada. Era noite mas eu havia bebido pouca água. O caminho foi penoso e ao chegar Ada melhor que um gole maravilhoso de água.... digno de ser imortalizado aqui. Maravilhoso gole .

Outro dia importante é o dia do primeiro (e único) bloco decente e do desenho da moça de quatro. Bloco de família, bloco amigável com crianças e marchinhas absurdamente clássicas. Muita alegria coloria a rua e a multidão naquele momento. Haaaa... cantar e outros pequenos detalhes que... há, escreverei! Um ajuste na gola da camisa e apoiar a cabeça ao sentar no chão... momentos agradáveis naquele dia.

Posteriormente, quando todos estão em casa, decido sair para desenhar. Atividade profissional, lúdica e honrosa que... bom... dará margem a uma das histórias mais bizarras do local. Volto ao local do bloco. Desenho na ida, no local e estou desenhando na volta quando 2 caras enormes e aparentemente alegres com o carnaval aparecem do nada:

- Olha o carinha desenhando

- É, cada um se diverte como pode.

(...)

-Você sabe fazer caricaturas? – a pergunta é feita algumas vezes e eu tento afirmar que não

Do nada sai uma garota de pele bronzeada e extremamente sexy e pede, com uma voz aveludada e macia, que eu a desenhe. Ela fala isso a uma distancia absurdamente pequena de minha boca e... e... bom, perco a noção de espaço e realidade e dou um selinho nela. Não contende e vendo ela ainda ali dou outro.... insano, louco absurdo.

A reação geral foi mais de grande surpresa do que de qualquer outra coisa. Começo então a desenhar.

- Ai... me desenha de quatro

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Fazer o que, vamos nós. Ela apóia a Mao nos joelhos e o cara numero dois, com uma espécie de bastão inflável distribuído de graça por ai, torna a pose ainda mais bizarra.

Desenho de traços rápidos que para eles era sinal de nervosismo (embora de fato eu queria sair). Entrego o desenho. O cara numero pareceu simpatizar comigo, fala que o pai dele desenhava e eu, sentindo que tinha feito caca, continuei um pouco a conversa. Lembro de um comentário do tipo “ele é legal, vamos levar ele para a boca coma gente”. Mas para todos os efeitos eu escapo, o cara gigante numero pega a garota pela cintura e vão embora... cara... eu podia ter morrido... mas foi FOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOODA!

Balgh... cansei. Ainda tenho de falar da super traição, de um daqueles momentos maravilhosamente arrasadores que nos fazem sentir vivos. Um momento a respeito do qual eu tenho de tomar uma posição mais clara a fim de definir algumas políticas sociais. Me falta também falar das Austríacas, da perda do MAM-Rio e... acho que é só... Há... menção rápida. Primeira noite que saímos na lapa, local maravilhoso e encantador, também um fato bizarro aconteceu visto que tive minha primeira briga um inglês diante de uns gringos... não lembro porque mas esse fato me pareceu relevante no momento, como isso são memórias fica por aqui mesmo.

E o Word reinicia e perco tudo.... maldita licença temporária do Windows... tenho de fazer algo a respeito

Bom, novamente escrevo a história para fins de registro. Admito que ela ainda meche comigo, afinal não foi simples traição mas sim dupla traição. Não bastava ele saber eu ainda relembro ele do fato e, com a maior cara-de-pau do mundo, ele me diz que não é nada.... nunca é. O cômico é que ele ainda espera minha ajuda... e o cômico é que talvez com aquilo ele tenha me ajudado... muito provavelmente não mas quem se dá ao trabalho de se debruçar sobre tais questões para esmiuçar os detalhes da alma de alguém que você praticamente não conhece? Tolice

Não bastasse a cólera causada por tal absurdo ainda tenho de suportar a pena. O toque no ombro, a cabeça apoiada no ombro e a pena... odeio quando possuem pena de mim! Me ignorem, me destratem, me traiam até, pelo menos estarão sendo plenamente sinceros mas a pena não, a pena desgostosa, nojenta, ainda mais se for sincera!

Terceiro ponto terrível. Não desejo esperar por ela. Ela não vai e faz bem assim. No entanto... no entanto a frase fica mais verdadeira... “IF you don´t know how to live the world will be unkind.... If you don´t know how to live you gonna lose your mind” Blagh…. Ainda existem esperanças, festas, e anos pela frente…. Tudo isso é tão maçante... tudo isso é tão tolo e enfadonho...” Born to lose, live to win” e vamos nessa

Haaaa, um final cômico.... todos precisamos disso, eu pelo menos sim.

Ultimo dia e eu e um amigo saímos pelo centro do rio. Eu observo o metro, eu observo a rio branco e não observo o aterro do grande MAM pois... ora... quem sabia que era lá (eu suspeitava mas na falta de certeza nos perdemos e deu no que deu). Por fim ladeira da LAPA. Estávamos os dois sentados no alto da escadaria desenhando, cada um a sua maneira.

Então, uma bela hora, um grupo de senhoritas para bem ao nosso lado e começa a falar algo numa língua que desconhecia. Pergunto a meu amigo:

-Elas estão falando alemão

-Não sei, pergunta!

-O que? Como assim pergunta?

Ok... ele sabia que eu não ia perguntar e foi ele. Perguntou em inglês se elas eram da Alemanha e elas respondem que eram austríacas. Em certo momento entro na conversa e acabo monopolizando um lado do grupo enquanto meu amigo conversava com uma outra (ambos sentados sem levantar). Conversa vai conversa vem elas elogiam meu inglês, comentam de sotaque, falam que posso sobreviver fácil lá fora, basicamente a conversa estava maravilhosa. Em certo ponto eu esqueço a palavra lã e pergunto para o meu amigo como era lã em inglês. Ele responde:

-Caquinha

-Hã???????

-No seu nariz

??????????????????//

Após encara-lo incrédulo uns estantes eu me volto a elas e falo “That thing that sheeps have”... ok, deu para me virar

Ao fim da conversa elas se despedem e eu comento

-Foi legal né?]

-Sim, fora o fato de você estar com uma caquinha gigante no nariz

-???? QUE?

-E porque você não me disse?????????

-Eu disse

-Não, não disse não

Sim... ele disse... merda...

Nenhum comentário: